Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cercadas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco!
E, dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor.
Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.
E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.
Àqueles a quem perdoardes os pecados, lhes são perdoados; e, àqueles a quem os retiverdes, lhes são retidos.
Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.
Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele (Tomé) disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma crerei.
E, oito dias depois, estavam outra vez os seus discípulos dentro (reunidos), e, com eles, Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco!
Depois, disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; chega a tua mão e põe-na no meu lado; não sejais incrédulo, mas crente.
Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!"
1) Tomé havia perdido a reunião dos discípulos, onde estes tinham visto Jesus;
2) Tomé não acreditou nos discípulos. Para o "evangelicalismo" contemporâneo, Tomé era o incrédulo, era pragmático, empírico, só acreditava tocando na ferida de Jesus;
3) Os discípulos se reuniram denovo, oito dias depois, e Tomé agora estava presente. Jesus chegou e disse-lhes: Paz seja convosco!
Tomé foi abençoado oito dias depois, mesmo dizendo: eu não creio, se eu não tocar na ferida.
P. S: NUNCA É TARDE PARA A BENÇÃO CHEGAR ATÉ VOCÊ.
4) Jesus havia voltado só por causa de Tomé, pois havia algo nele que Jesus amava.
Aos olhos humanos, Tomé era o pior deles, era o incrédulo, era um "crentizinho" porcaria, duvidoso.. Mas Jesus havia voltado só para ele.
5) Tomé estava numa crise. Jesus estava morto, o amado da sua alma havia morrido.. os seus sonhos foram frustrados, acabou.
Tomé estava vivendo em depressão, sentindo-se fraco, queria ficar sozinho, sumir de todos, cansado, desesperado, vivendo momentos de dor, dominado pelo sentimento de inutilidade. Mas ele era corajoso, admitiu que estava em conflito, não quis reunir-se com os discípulos na primeira vez.
Ele não mascarou a realidade perante a coletividade.. querendo sumir por dentro mas estando com um sorriso de "orelha a orelha". Ele admitiu sua crise não importando-se com o que os outros pensariam dele.
P. S: Note-se que em João 11:16. Quando Jesus havia chamado os discípulos para irem com ele orar por Lázaro que estava morto, todos se recusaram dizendo que era perigoso, que poderiam tentar matar Jesus. Porém Tomé disse: Vamos nós também para morrermos com ele. Ou seja, Ele foi corajoso!
Só os homens corajosos dizem o que estão sentindo! Ele estava entre a vontade e o dever fazer. Ele precisava acreditar (dever), mas a vontade dele era não acreditar.
Ele "vomitou" a incredulidade dele entre os discípulos. Você tem coragem de vomitar as circunstâncias que te aflige?
Seu coração têm sido um celeiro de amargura e de angústias. Você precisa "colocar para fora" = desabafar com Cristo, ou seja, o vomito psicológico. Tomé foi transparente, assumiu que estava em crise.
Concluindo:
Viva a verdade dentro de você, não demostre estar forte quando está fraco. Deus entenderá você. Você deve chorar quando quiser chorar.
OBS: Toda palavra foi cuidadosamente transcrita de uma pregação do Pastor Neil Barreto. Apenas a conclusão final é minha.